OKR: um dos segredos de Silicon Valley que promete mudar as empresas
Por: Ana Barros, CEO Martech Digital
Meio: Link to Leaders (julho 2022)
Em Silicon Valley a inspiração nos negócios é abundante e o marketing estratégico não é exceção. Na receita de sucesso, vale a pena olharmos com atenção para uma metodologia que tem dado cartas – desde meados dos anos 1970 – e que merece todo o respeito: os OKRs. Ou Objectives and Key Results.
Com o lema “descomplique e simplifique”, esta estratégia foi capaz de sustentar o crescimento de gigantes da comunicação como a Google, Twitter e LinkedIn.
Imagine só, uma ferramenta de comunicação interna que integra as equipas com objetivos alinhados à sua cultura organizacional. Parece demasiado ambicioso? Não, é o OKR.
Pode ser adotada tanto por pequenas como por grandes organizações e oferece uma mais-valia importante: encaixa-se facilmente em qualquer setor pelo facto de ser ágil – já que é menos sistemática e mais precisa do ponto de vista de gestão estratégica. A fórmula de sucesso é simples, é o casamento duradouro do “eu vou” com o “medido por”. Ou seja, os objetivos estão lado a lado com um conjunto de resultados-chave.
Para o gestor que quer envolver e ter uma equipa incrivelmente unida, o OKR funciona numa gestão e comunicação eficaz, pois ajuda à criação de um foco e de um esforço de toda a equipa em torno de um objetivo desafiador e comum. Quase como ter uma grande família, sem segredos, com um plano infalível para alcançarem um determinado fim.
Quais as boas práticas que podem fazer a diferença no dia a dia? Em primeiro lugar, medir os key results semanalmente. Ao mesmo tempo, criar objetivos a partir de verbos para estimular os colaboradores a pensarem de forma clara e pontual. Entram aqui em jogo palavrinhas mágicas como conquistar, lançar, aumentar e gerar.
Em termos estratégicos, o caminho é também claro e direto. Estamos a falar de definir o objetivo da empresa, criar entre dois e cinco resultados chave, dividir tarefas entre as equipas e refazer tudo isto todos os trimestres. Cada final de ciclo é mais uma oportunidade para evoluir o modelo de OKR na sua empresa. E a palavra oportunidade no mundo corporativo B2B é crucial. Concorda?
Se as gigantes tecnológicas apostaram e continuam a apostar no OKR junto das suas equipas, porque não fazemos nós o mesmo? Os resultados estão aí para todos. A Google, por exemplo, passou de 40 profissionais para mais de 60 mil, com uma estratégia sempre sustentada por esta metodologia.
Entretanto, é importante sublinhar que o OKR não é um pacote fechado, e não precisa ser adotado por completo do início ao fim. O importante é que a sua empresa tenha o interesse real em estabelecer uma cultura estruturada e orientada para o alcance de metas. Mais uma dica? A metodologia é uma ótima solução para empresas B2B.
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