Líderes, está na hora de abraçar a inteligência racional!

Liderança Organizacional

Por: Ana Barros, CEO Martech Digital
Meio: Link to Leaders (23 de fevereiro 2023)

Sim, está correto, inteligência ra-cio-nal. Sem querer descurar a importância da inteligência emocional, característica tão necessária na liderança dos dias de hoje, a inteligência racional também deve fazer parte do conjunto de competências de um líder.

Se os líderes encontram desafios na gestão de tempo, tarefas e equipas, é a inteligência racional que lhes dá a capacidade de tomar decisões informadas e estratégicas para resolver problemas de maneira eficiente.

Liderança com inteligência racional. Conceito ainda pouco falado por ser entendido como um dado quase adquirido no perfil de um líder. #sóquenão. Nem todos conseguimos aplicar esta skill na nossa rotina. E, atenção, isto não é uma recomendação para que os líderes e gestores se tornem robôs, e sim, que consigam simplificar e desenvolver processos de forma a otimizar o seu dia a dia. Porque que é que a inteligência racional também é importante?

A questão de liderança com inteligência racional está relacionada com uma nova ideia de produtividade – a produtividade 4.0. Embora sejam conceitos que não se influenciam diretamente, acabam por se complementar. Consequente da transformação digital resultante da pandemia, a produtividade 4.0, conceito criado por Christian Barbosa, prevê a aprendizagem de novas habilidades e a adoção da tecnologia como aliados de um trabalho eficiente.

A produtividade 4.0 é, acima de tudo, uma abordagem que visa aumentar a eficiência e a eficácia dos processos de negócios. Este conceito baseia-se em três pilares: ferramentas, nomeadamente processos, metodologias e cronogramas. Trata-se de uma cultura de aprendizagem, que procura desenvolver constantemente as competências e com base em tecnologia, como a inteligência artificial, internet das coisas e automação, apoia-nos na gestão e tomadas de decisão do negócio.

A tecnologia tem sido um grande aliado das empresas e a transformação digital veio facilitar o dia a dia de todos. Isso é inquestionável. Permitiu às empresas automatizar processos, melhorar a colaboração, aumentar a eficiência e reduzir custos. Os recursos digitais agilizam os processos que permitem ao colaborador aplicar o seu tempo em atividades que trazem resultados. Mais que nunca, os líderes devem estar atentos às inovações que são introduzidas no mercado e como podem aumentar a produtividade da equipa.

E aqui juntam-se os dois mundos. Esta agilidade de processos fomentada pela tecnologia, acompanhada pela inteligência racional de um líder. Com a inteligência racional, a organização diária é uma constante, seguindo regras e métodos, tal como a produtividade 4.0.

A inteligência racional está relacionada com a resolução de problemas de forma rápida e decisões lógicas para facilitar o dia a dia. O líder racional aborda os temas através de uma solução objetiva e qualitativa e tem a maturidade, através também de inteligência emocional, de saber o que é preciso fazer, como e quando. Existe uma capacidade para priorizar tarefas e administrar o seu próprio tempo.

Além disso, o líder racional tem ainda a capacidade de analisar dados e informações de maneira crítica, o que é fundamental para tomar decisões assertivas. E em relação à gestão de equipas, com inteligência racional, o líder comunica de maneira clara e precisa, indo direto ao ponto de forma construtiva e colocando igualmente em prática a sua inteligência emocional para facilitar essa gestão. O conjunto é importante para liderar e motivar os colaboradores.

A inteligência racional é uma característica essencial para líderes em qualquer setor ou indústria. É a capacidade de resolver problemas de maneira rápida e lógica, além de tomar decisões informadas e objetivas. Nesta sociedade cada vez mais tecnológica, onde a agilidade de processos é fundamental, sem dúvida que a inteligência racional permite uma liderança mais eficaz e eficiente.

Não obstante, todos somos seres não só racionais, mas também emocionais. Sem dúvida que a inteligência emocional é importante pois permite-nos gerir as nossas próprias emoções, mas também como reagimos às dos outros. Esta concordância leva a melhores relações interpessoais, comunicação mais efetiva e a uma atmosfera de trabalho mais positiva. Cabe ao líder colocar estes dois níveis de inteligência nos pratos da balança e “dançar” ao sabor do negócio, tirando partido do que é mais favorável para cada situação.

A liderança é uma jornada desafiadora e por vezes solitária, muito solitária. O líder deve investir constantemente no seu autoconhecimento e ter a capacidade de alinhar a tecnologia, as pessoas e os processos em prol do sucesso da empresa. Manter-se atualizado das tendências do mercado e capaz de se adaptar às mudanças, é fundamental para saber agir na hora certa e ter uma melhor performance na gestão das suas equipas e do negócio. 

Parece simples, mas não é fácil e, por isso, é fundamental que o líder tenha inteligência tanto racional quanto emocional para lidar com os desafios do dia a dia. E passo a passo, todos os dias, devemos caminhar para nos tornarmos líderes mais completos.

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